Conforme publicação no Diário Oficial da União, realizada no final de maio, as pessoas que vivem sob maior exposição ao vírus HIV – Human Immunodeficiency Virus, em inglês, estão autorizadas a fazerem uso de antirretroviral, que será incorporado ao SUS – Sistema Único de Saúde.
Primeiramente, essa ação será implementada em 12 capitais brasileiras, onde esse tipo de tratamento preventivo já aconteceu. Porém, posteriormente, a intenção é distribuir o medicamento em todas as capitais do país.
Como essa é uma estratégia de prevenção ao HIV, só quem pode fazer o uso de antirretroviral são aqueles que ainda não possuem o vírus, mas que estão sob grande risco de infecção. Isso inclui homossexuais, profissionais do sexo e também os sorodiscordantes, que são os casais que têm um dos integrantes soropositivo.
Porém, o uso do medicamento não é determinado apenas por esses grupos. Além disso, para receber o antirretroviral será preciso passar por uma análise de vulnerabilidade ao vírus, feita somente por profissionais da área da saúde.
Embora o antirretroviral já seja utilizado em diversos países, na América Latina, o Brasil é o primeiro país a incluir esse tipo de estratégia preventiva como política de saúde pública, o que tem grande significado e peso dentre as ações contra o HIV.
Isso porque, estudos científicos mostram que, quando tomado corretamente, o uso de antirretroviral consegue reduzir em até 90% o risco de contaminação do vírus causador da Aids. Ainda assim, vale lembrar que o medicamento não substitui o uso do preservativo, que ainda é uma das formas mais efetivas de se evitar a doença.
Com os grupos que estão em maior riscos de infecção fazendo o uso de antirretrovirais de forma diária, a estimativa do Ministério da Saúde é que essa estratégia de prevenção atinja cerca de 7 mil pessoas em todo o Brasil, somente no primeiro ano.
Como dito, o antirretroviral só será disponibilizado para quem estiver dentro do quadro de vulnerabilidade e passar pela avaliação médica. Após isso, o medicamento poderá ser retirado nas unidades da rede pública de saúde, através do SUS.
Isso, contudo, passará a acontecer dentro do prazo de até 180 dias (6 meses), a partir da data da publicação feita no DOU, ou seja, os postos de saúde devem começar a disponibilizar o antirretroviral até o final de novembro de 2017.
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