Fazer parte da administração de um escritório, próprio ou de terceiros, demanda habilidades e ações que concretizem uma boa gestão. O planejamento estratégico na advocacia é uma dessas atitudes que profissionalizam ainda mais a atividade, o que traz muitos benefícios aos profissionais, levando-os em direção ao sucesso.
No artigo de hoje, saiba mais sobre a importância do planejamento estratégico na advocacia.
Planejamento estratégico é um processo que considera as condições internas e externas da empresa, com o fim de formular objetivos adequados ao negócio e, a partir deles, selecionar as melhores ações e suas formas de execução para atingi-los. O resultado é um melhor direcionamento do negócio, principalmente quando executado de forma conjunta, envolvendo todas as equipes de uma empresa.
Para Chiavenato, um dos grandes autores brasileiros de gestão empresarial, a implementação estratégica requer organização, coordenação, incentivo às pessoas, controles, acompanhamento intenso e, sobretudo, liderança estratégica por parte do executivo principal e liderança tática e operacional por parte dos gerentes e supervisores. Sem a participação e o compromisso de todas as pessoas, a estratégia não acontece.
Aplicando a definição de planejamento estratégico na advocacia, podemos pensar em um plano de negócios que define os objetivos do escritório. É pensar aonde se quer chegar e o que fazer para alcançar esse patamar. No escritório, o planejamento precisa apresentar:
A precisão de um planejamento estratégico na advocacia não é tão definida quanto em outras áreas. Isso porque a maior parte dos ganhos na atividade jurídica provém do sucesso das ações judiciais, que variam no tempo, dada a morosidade do poder judiciário no Brasil. Por este motivo, os advogados devem ter maior cuidado com a avaliação e a correção do planejamento.
Acompanhar, controlar e avaliar as estratégias definidas no plano de negócios, que dão base ao planejamento estratégico, é imprescindível. Na advocacia, conforme dito anteriormente, as interferências externas (principalmente a incerteza do andamento dos processos nos tribunais) podem comprometer as ações traçadas. Além disso, pode a de acontece de uma estratégia não dar certo por algum motivo.
Suponha que parte do planejamento inclua ações relacionadas ao profissional de marketing e de relacionamento com os clientes. Algumas situações práticas nos ajudam a perceber a importância do monitoramento das ações.
Imagine que seu escritório possua um blog (uma das boas ferramentas do marketing jurídico), que objetiva aumentar o tráfego de potenciais clientes no site, agregar valor à marca e converter essas pessoas em reais clientes. Essa é a estratégia definida para o marketing. Mas se o blog não é atualizado com a periodicidade definida do plano, o gestor deve cobrar do profissional de marketing para que se atinjam os objetivos.
Agora, pense que exista um plano definido para o advogado que é responsável por se relacionar com os clientes sobre os andamentos processuais. Se ele não utilizar uma linguagem adequada ao conhecimento deles, sua função não será executada com eficiência, e, provavelmente, os clientes não vão ficar satisfeitos. Neste caso, é preciso rever a estratégia, mudando o advogado de função ou melhorando a orientação sobre a linguagem.
A partir do momento em que as reuniões entre os profissionais oferecem um resultado prático, que é o planejamento estratégico para os próximos meses, é preciso adotar meios que farão com que ele seja executado. Um ponto é extremamente importante em qualquer ação a ser tomada: envolver os sócios, que resguardam os valores e a missão do escritório.
Eles poderão apurar e avaliar os processos, sendo capazes de desenvolver ações corretivas constantemente para que os objetivos e metas traçados sejam cumpridos. E por que é necessário o planejamento estratégico na advocacia?
Quando existe um planejamento estratégico na advocacia, todos os advogados são envolvidos em sua execução. O alinhamento da equipe exige mudança de comportamento para adequar as ações em direção ao plano, mas é um grande benefício. Uma equipe coerente com o planejamento possibilita o crescimento mais rápido do escritório no mercado.
Muitos advogados, quando estabelecem a missão do escritório, pensam em um cenário ideal, mas, por vezes, utópico. Para evitar que as ilusões tomem conta da cabeça do administrador, o planejamento define metas reais, possíveis de serem alcançadas. Elas são meios para fazer com que os propósitos funcionem e, ao fixá-las, é criada uma linha de trabalho para que sejam cumpridas em determinado espaço de tempo.
Um planejamento estratégico exequível, a partir da análise de ambiente interno e externo, possibilita definir as prioridades do escritório. Imagine que o negócio seja especializado em Direito Empresarial, e que, devido ao momento de crise financeira no Brasil, o número de recuperação judicial e falências tenha crescido vertiginosamente.
Se o gestor consegue monitorar corretamente esse fato externo, pode adequar o planejamento estratégico na advocacia. Nesse caso, ele vai definir como prioridade do escritório a contratação de um profissional especializado no tema para fornecer o atendimento jurídico para seus clientes, aproveitando as oportunidades que o mercado oferece no momento.
O planejamento estratégico é uma ferramenta de longo prazo, que ajuda a documentar todas as ações tomadas, as influências e variáveis que aparecem durante sua execução e os resultados de cada ação.
A partir desse registro, o advogado sabe o que deu certo e o que deu errado, e pode evitar que o mesmo erro seja novamente cometido no futuro. Um exemplo claro é a forma de lidar com a burocracia no escritório: a partir do momento em que foi encontrada uma ação que a diminua, não haverá mais problemas com isso. Em outras palavras, por meio do registro de ações, é possível que a gestão do negócio seja mais eficiente.
O planejamento estratégico na advocacia é fundamental para o sucesso do escritório e para a excelência na prestação de serviços. Você ainda tem dúvidas sobre o tema? Deixe seu comentário e até a próxima.