O conselho universitário da Universidade de São Paulo aprovou a instituição de cotas raciais e sociais a partir do vestibular de 2018. O sistema será implementado de maneira escalonada ao longo de 4 anos.
No ano que vem, cerca de 37% das vagas deverão ser destinadas aos alunos que vierem das escolas públicas. Essa porcentagem deve subir para 45% em 2020 e para 50% em 2021.
Dentro do novo sistema de cotas para a rede pública, deverá ser reservada uma parte para pretos, pardos e indígenas, em similar proporção da presença dessa população verificada pelo IBGE no Estado de São Paulo.
Levando tais dados em consideração, em 2018 a cota racial seria de 13,7% do total de vagas. Dessa forma, se em 2021 a população se mantiver a mesma, a reserva subirá para 18,5%.
A proposta inicial, votada pelo Conselho Universitário e elaborada pela Reitoria, considerava apenas as costas sociais. Porém, antes da reunião do conselho, cerca de 300 professores assinaram um manifesto defendendo a medida para definição de cotas raciais.
De acordo com o corpo docente, apenas cotas para escolas públicas não bastariam para assegurar que a universidade alcance a meta da composição étnico-racial do Brasil.
O reitor da USP considera a decisão do Conselho Universitário um marco histórico. É de demasiada importância, já que a universidade é líder e tem muita visibilidade no país e na américa latina.
A adoção de cotas representa também uma quebra de tabus para a USP. A Universidade já era pressionada há tempos por parte dos jovens de todo país para implementar medidas nesse sentido.
A universidade possui duas formas de entrada: Fuvest e Sisu (que usa a nota do ENEM). Cada unidade é responsável por definir quantas vagas são destinadas ao Sisu e se reserva vagas para alunos de escolas públicas.
Como vai ficar com a nova medida:
A partir de 2018, haverá uma porcentagem mínima obrigatória de vagas destinada a cotas raciais e sociais; essa quantidade de vagas será calculada a partir do total de vagas (tanto as da Fuvest como as do Sisu).
Ao todo, no ano que vem, a USP contará com 11.147 vagas, sendo 8.402 pela Fuvest e 2.745 pelo Sisu.
As 2.745 vagas destinadas ao Sisu serão distribuídas em 3 tipos: 423 para ampla concorrência, 1.312 para estudantes que cursaram o ensino médio integralmente em escolas públicas; e 1.010 para aqueles alunos que vieram de escolas públicas e se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas.
As outras vagas necessárias para completar as cotas ficarão por conta da Fuvest.
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