Abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, a famosa taxa Selic está constantemente presente nas matérias de jornal e televisão. Porém, a maioria das pessoas não sabe qual o seu significado e impacto na economia do País.
De modo simples, a Selic se refere a taxa básica de juros da economia brasileira, e é definida pelo governo. Em outras palavras, representa a taxa de juros para empréstimos interbancários com duração diária (num procedimento conhecido como overnight) e que possuem títulos públicos como garantia.
A primeira meta da Taxa Selic foi divulgada no dia 5 de março de 2009 pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, que até hoje se reúne para decidir se esse valor vai subir, cair ou manter-se estável.
Para esclarecer melhor o assunto, vamos entender o papel do governo nesse processo:
Em primeiro lugar, podemos ressaltar a importância dos impostos, que são cobrados para que bens públicos – como escolas e hospitais – possam ser construídos e mantidos.
Porém, o governo não usa somente desse recurso para arrecadar fundos. A secretaria do Tesouro Nacional emite títulos públicos também para esse fim.
Esses títulos são comprados essencialmente pelos bancos, que por lei devem depositar uma quantia de seus depósitos no Banco Central. Essa medida foi tomada para que a inflação possa ser controlada e também para que exista um controle maior sobre o dinheiro que circula na economia do País.
Dessa forma, devido ao alto número de operações bancárias que são realizadas todos os dias, muitos bancos terminam o dia com um percentual incompatível com o que deve estar depositado no Banco Central.
Por isso, pedem empréstimos de curto prazo (durando cerca de 24 horas) a outros bancos para respeitar a lei. Como garantia, oferecem títulos públicos adquiridos do Banco Central.
Portanto, teoricamente a Taxa Selic funciona como uma base para que bancos públicos e privados calculem seus juros. Quando o governo reduz essa taxa, a tendência é que é os encargos cobrados pelos bancos também caiam.
Esse valor pode mudar todos os dias, porém costuma ficar na média definida em reuniões que acontecem a cada 45 dias em Brasília, no Distrito Federal. Esses encontros duram aproximadamente dois dias, e funcionam da seguinte maneira: num primeiro instante, são trazidos para discussão todos os aspectos que podem influenciar a economia do Brasil, como por exemplo a inflação e o câmbio internacional.
Após esse processo, os membros do comitê fazem uma análise e votam num valor para a Taxa Selic. Em caso de decisões não unânimes, o placar com cada voto é divulgado para a imprensa, que também recebe a decisão final.
Por fim, vale ressaltar que esse encargo pode influenciar diretamente nos hábitos dos consumidores, uma vez que a taxa Selic alta geralmente encarece juros de cartões de crédito, deixando compras parceladas mais caras.
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Até a próxima!