Se você deseja estudar em alguma universidade particular e não tem condições para arcar com os custos das mensalidades, o governo federal criou um sistema que pode te ajudar. Trata-se do Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo de 50% até 100% em instituições de ensino particulares de todo o Brasil. Nesse artigo, você vai entender mais sobre a seleção do ProUni.
O que é o ProUni?
O ProUni foi criado em 2004 e, desde então, abre dois processos seletivos por ano, sempre no início de cada semestre letivo (janeiro e julho). Para participar, o candidato deve ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na edição anterior ao do processo seletivo, ter obtido a nota mínima divulgada pelo MEC e ter renda familiar de até três salários mínimos por pessoa.
Por último, deve ter cursado o ensino médio integralmente em escola pública ou como bolsista 100% numa instituição privada; ou ter cursado parte do ensino médio em escola pública e parte em escola privada com bolsa integral; ou possuir algum tipo de deficiência.
Ainda nesse critério, o ProUni também aceita professores de ensino básico da rede pública que estejam atuando na profissão e no quadro permanente de funcionários da escola. Eles podem concorrer a vagas em cursos de licenciatura, normal superior ou então pedagogia. Vale ressaltar que, neste caso, a renda familiar de até três salários mínimos por pessoa não é considerada.
A seleção do ProUni
Ao realizar a inscrição, o candidato pode escolher até cinco opções de universidades, cursos, turnos e habilitações disponibilizadas pelas instituições. Após esse processo, o sistema realiza a classificação dos candidatos e divulga a lista do ProUni, que revela quais foram os estudantes pré-selecionados nos cursos.
Depois, o candidato precisa ir até a instituição de ensino que o selecionou para comprovar as informações que preencheu na ficha de cadastro. Ele deve estar com os documentos em mãos, e caso não conseguir apresenta-los pode ter a sua inscrição indeferida da lista do ProUni.
Outro ponto importante é que as instituições podem aplicar outros processos seletivos para aprovar um candidato, como por exemplo uma avaliação específica de desenho para a graduação em arquitetura.
Após ser aprovado em todas as etapas, finalmente as universidades divulgam quais foram os candidatos aprovados. Porém, os bolsistas devem manter um alto aproveitamento durante a graduação para manter o benefício. Esse aproveitamento acadêmico deve ser de, no mínimo, 75% nas disciplinas cursadas em cada período letivo.
Caso o estudante não atinja a média esperada, o ProUni pode ouvir o responsável pelas disciplinas nas quais houve reprovação a fim de conceder a continuidade da bolsa de estudos. No entanto, essa medida só pode ser utilizado apenas uma vez no curso.
As instituições de ensino que investem numa lista do ProUni em seus processos seletivos recebem isenção de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPI), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS).
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O que achou desse artigo do e-Dou? Se você está procurando uma oportunidade de graduação, fique atento na abertura das inscrições do Enem e do ProUni! E se deseja ficar por dentro de mais assuntos do universo acadêmico, fique de olho no blog! Recentemente, postamos um esclarecimento sobre as famosas cotas nas universidades. Para conferir o texto na íntegra, clique aqui.