Advogados no início de carreira sofrem 6 erros

06 de julho de 2017
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Passar no exame da OAB e começar a inserção no mercado de trabalho jurídico: não bastassem as dificuldades que o profissional enfrenta após sair da faculdade, algumas falhas quanto à gestão da profissão são visíveis nesse momento que os advogados no início de carreira sofre.

No artigo de hoje, listamos os erros comuns de advogados no início de carreira – e dicas de como evitá-los. Confira.

Apesar de ser o sonho de muitos profissionais, ter um escritório próprio pode vir a ser um erro comum de um advogado no início da carreira. Preocupar-se com um planejamento estratégico que viabilize o negócio é só o ponto de partida, já que há envolvimento de muitas outras preocupações.

Em geral, o profissional que sai da faculdade não tem recursos financeiros para investir no próprio escritório, a não ser nos casos em que a família fique por trás do investimento.

O advogado que pensa em abrir um escritório próprio deve assumir todos os custos de manutenção do negócio, que envolve aluguel ou compra de imóvel, água, luz, internet, telefone, mobília, material de escritório e tributos da atividade. Sem recursos iniciais, já é complicado iniciar o trabalho, e isso ainda é agravado pelo fato de que a cartela de clientes do advogado é ainda muito pequena, e é pouco provável que ele consiga manter todos os custos e a pequena margem de lucro da sua atividade.

Com o investimento alto inicial e poucos clientes, o advogado deve evitar se comprometer com riscos grandes, como ter um escritório próprio no início de carreira. Como opção, ele pode optar por trabalhar de casa ou em coworking, que é uma tendência moderna e interessante.

A grande vantagem do coworking é a redução de custos, já que o gasto com espaço é dividido entre vários profissionais, seguida do aumento da rede de contatos, dada a possibilidade de estar em contato com outras pessoas o tempo todo.

Não formalizar seu negócio

Um dos erros comuns de advogados em início de carreira é iniciar sua vida profissional como autônomo sendo pessoa física. Não há qualquer problema em trabalhar por conta própria, usando suas habilidades para assumir os riscos financeiros e as responsabilidades de toda a gestão do trabalho. O problema reside na não formalização do negócio, ou seja, no registro da atividade no CNPJ.

Além de demonstrar aos clientes que é ausente o pensamento empreendedor, o advogado deixa de contar com as vantagens tributárias de ser registrado na sua seccional da OAB e no regime do Simples Nacional. O profissional pode se inscrever como sociedade unipessoal de advocacia (Lei nº 13.247/2016) e usufruir do principal benefício de se enquadrar no Simples: reduzir a carga tributária de 27,5% para 4,5%.

Não definir uma área de atuação

Muitos profissionais do Direito ingressam na advocacia para atuar como generalistas, e além de esse ser um dos erros mais comuns de advogados no início de carreira, é também um dos mais comprometedores.

Apesar de parecer algo legal, ser um advogado generalista de sucesso é bem improvável. O mercado jurídico e os clientes valorizam o especialista por um motivo simples: as demandas são específicas em cada área, e seguem um procedimento próprio.

Um profissional geral não lida com o Direito do Consumidor da mesma forma que um especialista nesse campo. O cliente tem mais segurança em quem sabe mais, o que é perfeitamente compreensível.

Parar a qualificação profissional

Intimamente ligado a não definição da área de atuação, parar os estudos e a qualificação profissional é outro dos erros comuns de advogados no início de carreira. Essa interrupção atrapalha sua evolução como conhecedor e intérprete das leis, deixa o profissional desatualizado e compromete sua atuação de forma segura.

Certamente, um cliente procura por um advogado que se dedicou a ler milhares de páginas de doutrinas na faculdade, na pós-graduação, no mestrado e no doutorado, uma vez que se presume que ele possui mais conhecimento do que aquele que parou os estudos.

A qualificação profissional também que possibilita ao advogado se preparar para atender às demandas burocráticas, como a publicação no DOU, estando apto a oferecer um serviço melhor para seus clientes e a atender suas expectativas. Assim, ele é capaz de se tornar referência no mercado e maximizar seus ganhos na advocacia.

Não investir em marketing jurídico é um dos erros comuns de advogados no início de carreira

Grande parte dos advogados em início de carreira não consegue fazer um marketing pessoal ou do seu negócio que traga credibilidade e bom posicionamento no mercado. Muitos alegam que os recursos financeiros disponíveis após sair da faculdade são escassos, mas quando deixam de investir em marketing jurídico, estão pensando em curto prazo – o que não faz sentido, já que carreira pressupõe o longo prazo.

Deixar de investir em publicidade na advocacia tem o efeito reverso do pensamento de economia de recursos: sem um motor que orienta e aprimora a marca do profissional, melhorando sua presença na internet e no mercado, a chance de o advogado conseguir clientes é muito menor.

Por isso, para não cometer um dos erros comuns de advogados em início de carreira, o profissional deve encontrar um especialista em marketing jurídico (em especial, o digital) que seja acessível e realize um bom trabalho. Ele, certamente ajudará na prospecção de clientes, e, hoje, é possível encontrar agências e profissionais acessíveis para qualquer porte de negócio.

Não automatizar o negócio

O advogado que não automatiza seu negócio, utilizando a tecnologia a seu favor, está competitivamente atrás no mercado de trabalho, em comparação com os profissionais que a utilizam. A tecnologia pode facilitar o dia a dia, aumentar a produtividade e ser uma grande parceira na gestão do negócio. Aquele que não está ciente disso, gastará muito mais tempo para gerir suas atividades – e, mais do que nunca, tempo é dinheiro, principalmente na advocacia.

O uso de softwares jurídicos, aplicativos e plataformas otimiza a gestão e a atividade jurídica, e, por economizar o tempo do profissional, proporciona a ele se dedicar à atividade-fim e aumentar sua remuneração.

Os 6 erros comuns de advogados no início de carreira comprometem o crescimento do um negócio de uma forma global, uma vez que ele não está estruturado a ponto de aumentar a remuneração e a prospecção de clientes. Fique atento para não cometê-los e, e você ficou com alguma dúvida, escreva pra gente pelos comentários. Até a próxima!